Prêmio Abracopel de Jornalismo
6ª Edição
Existem coisas que acontecem em nossas vidas que mais lembram músicas de Caetano Veloso. Estávamos eu e Wendell, meu grande amigo e irmão, cruzando a avenida que não era a São João, mas era a 9 de Julho, em São Paulo. Era noite, de muita felicidade pra nós dois. Enquanto esperávamos o sinal fechar para conseguirmos atravessar a avenida até a lanchonte em frente ao hotel, questionei: amigo, já são quantos prêmios? E ele respondeu sem deslumbre, mas com felicidade do resultado alcançado: "Já são trinta e três prêmios."
Por aí dá para entender que estou tratando de um amigo que é um fenômeno no jornalismo nacional. Esse magnífico profissional, mago na arte de entrevistar, representa João Pessoa - Paraíba. Trabalha na Record, na TV Correio, lugar por onde passei e tenho muita estima. Por onde ele passou, arrancou prêmios. Claro, ele é talentoso, mas possui algo que maior e que se a gente sempre tivesse chagaríamos lá mais rápido, a fé. Meu amigo sempre deposita muita confiança no que faz e o melhor, contagia a todos. A equipe toda passa a acreditar no trabalho. Daí, ele se junta a uma mega equipe, super interessada e talentosa, só dá nisso.
Como falei, foi uma noite em que estávamos felizes. Porque foi a noite em que meu amigo conquistou o 33º prêmio e eu também fui premiada nessa mesma noite e na mesma cerimônia com uma menção honrosa. Minha equipe também foi fantástica, em pouco tempo tratou com criatividade e perseverança o trabalho. A produtora Mariana Dorfey foi a primeira a comprar a ideia da matéria Eletricidade: o perigo está no campo. E como essa queridíssima produtora correu para conseguir bons personagens... Depois foi o cinegrafista D'artagnan Nascimento que mostrou porque até hoje tem imagens celebradas nacionalmente, como a do voo do beija-flor exibida na Ana Maria Braga. Depois, abraçaram o trabalho a editora Cristina Silveira e o editor de imagens Gilson Tavares, também com muita dedicação. Aí, já viu,só dá nisso.
Somos da TV Oeste, Rede Bahia, afiliada Globo, Barreiras - Bahia. E no momento em que anunciaram meu nome e da equipe no Prêmio Abracopel como menção honrosa, mais uma vez vibrei como se fosse o primeiro lugar. Até pelo que ouvi dos jurados, justificando que foi difícil a escolha, e enaltecendo o personagem que encontramos, uma rapaz vítima de acidente com energia elétrica que teve 95% do corpo queimado.
A cerimônia ocorreu no Instituto de Engenharia, na Vila Mariana, em São Paulo, ontem dia 11 de setembro.
E eu e Wendell parecíamos nos divertir desde o momento que nos encontramos. Independente do resultado, tínhamos a ideia de que estávamos na final com grandes trabalhos e o melhor, estávamos juntos na final, mais uma vez. Motivo maior de nossa comemoração: o reencontro. Por isso, a sensação que tenho é que o prêmio ficou em casa.
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