TERRA SECA, SONHOS DE UM ENTARDECER A DOIS
SÍLVIA TORRES
NÃO, NÃO PERMITO QUE ME DEIXES
NÃO, NESTE INSTANTE DE TANTO SOL
TERRA SECA
NADA
NÃO, NÃO PARTAS!
PORQUE AINDA SOU Saudade, desejo, cheiro...
E SE TE DEIXO... SOLTA, À VONTADE, LEVE
TRAGO-TE COMO FUMAÇA ÀS MINHAS NARINAS
E PUXO PRA DENTRO DE MIM TUA ESSENCIA
TUA CARÊNCIA, MENINA.
TUA ELOQUÊNCIA NA ARTE DE SER MULHER
E SE AMO-TE
É PORQUE CORRO LOUCO ENTRE ESQUINAS E HESITANTES BARES,
QUIÇÁ TAVERNAS TÃO MEDIEVAIS QUANTO MINHA CONDUTA
FRACA, PUSILÂNIME
LOUCO, SOLTO, NÃO TÃO LEVE, NEM TÃO À VONTADE
PORQUE TE TENHO AQUI DENTRO MIM
MAS A DISTÂNCIA ME INCOMODA
NÃO SOU CARNE. TENHO TUAS PALAVRAS, MAS EXIJO TUA CARNE
ESSA NOITE SONHEI CONTIGO
E ESTAVAS LINDA, SORRISO FARTO, VESTIDA DE FLOR, APENAS FLOR
NUA NA MINHA NAU QUE PARTE TODOS OS DIAS JUNTO AOS MEUS SONHOS
E QUANDO NÃO TE TENHO AQUI BEM PERTO, AO MEU LADO
DIZENDO-ME, NÃO ME DEIXES, MEU AMADO...
CULTIVO A ESPERANÇA DE TE VER RAINHA
BRINCANDO DE SER
NAS TARDES DE MEU QUINTAL
UM CACHO DE LUZ
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