terça-feira, 19 de julho de 2011

O homem com H

O homem que eu amo
É mesmo um homem com H
Mas não pela força e coragem
Que ele já não imprime
Nem pela honestidade ou humildade,
Características que um dia lhe perteceram
Mas que sumiram
Em alguns intervalos, no contagiar de novas ambições.
O homem com H que eu amo
Talvez nem mereça ser chamado de homem,
Perdeu a decência,
Os rumos e o trato
De como encarar os desejos,
De como entender os apegos,
E definitavemente, não abandoná-los.
Com sorte, quiçá entenda um dia,
São coisas da felicidade
Que não insiste em nossa porta
Nem vem e nem volta,
Passa sorrateira,
É preciso catá-la
Em meio a tantos desencotros
E falsos sabores.
O meu homem com H
Um dia disse me amar,
E que enfrentava tudo
Para nossa história viver,
Mas o meu homem não é homem,
Talvez um rato,  um sapo,
Não me convence nunca mais.
Só que o meu amor, sim, é forte, selvagem, leal,
Atravessa o tempo, corre quilômetros munido de boas lembranças
Que só eu alimento porque é só meu.
Já você, homem roto, não merece um dedo assim de dignidade,
E se quer recuperar esse H,
Que tal nascer de novo!

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